A rescisão com Luciano Spalletti, embora considerada inevitável, corre o risco de se tornar um problema mais difícil do que o esperado para a FIGC gerir. A identidade do sucessor ainda está longe de ser encontrada, e a lista de treinadores disponíveis (e considerados dignos, obviamente) para preencher esse papel está longe de ser grande.
Siga as Eliminatórias Europeias para a Copa do Mundo
Além disso, a substituição deve ser feita rapidamente, pois o lugar não pode ficar vazio durante muito tempo. Em setembro, a Itália volta a entrar em campo, obrigada, além disso, a ganhar da Estônia e de Israel para tentar reduzir a diferença em relação à Noruega.
Nem mesmo o treinador da equipe Sub-21, Carmine Nunziata, poderá assumir o cargo de interino, tendo em conta a Euro que tem pela frente.
O timing foi ainda mais difícil com a recente decisão de Gian Piero Gasperini de se mudar para a Roma, com Massimiliano Allegri indo para o Milan, Marco Baroni para o Torino, Simone Inzaghi para o Al-Hilal e Carlo Ancelotti para o Brasil, só para citar alguns nomes hipotéticos com currículos de acordo com o esperado.
Pioli e Mancini, por acaso, na disputa
O "não" de Claudio Ranieri, dito com convicção após a transformação da Roma em poucos meses, o favorito ao cargo ou imediatamente a ser Stefano Pioli, talvez mais por falta de alternativas do que por méritos próprios. Não que o atual treinador do Al-Nassr não esteja à altura da tarefa, muito pelo contrário.
No entanto, há um grande obstáculo constituído pelo contrato com o clube saudita, que até agora também o impediu de voltar à Itália, precisamente à Fiorentina, que o receberia de braços abertos. A necessidade de esperar até pelo menos meados de julho e a necessidade de pagar uma taxa de rescisão cara tornam o seu preço quase proibitivo.
Por outro lado, o técnico Cristian Chivu, do Parma, que poderia estar disponível, acertou com a Inter de Milão. Impossível não acrescentar Roberto Mancini: será que o técnico capaz de vencer a Euro 2021 e depois sair abruptamente estaria realmente determinado a refazer os os?
A lista dos técnicos livres
A lista de treinadores atualmente sem equipe é pequena, entre os quais se destacam Raffaele Palladino e Thiago Motta: dois ex-jogadores ainda jovens e que dificilmente desistiriam de uma missão dinâmica e estimulante para liderar uma seleção como a Itália. Que, recorde-se, representa hoje um desafio nada fácil, dada a situação delicada que se viveu nas últimas semanas.
Alberto Gilardino também está entre os desempregados, que também figura na categoria dos veteranos do sucesso da Alemanha 2006, juntamente com Daniele De Rossi, Fabio Cannavaro e Gennaro Ivan Gattuso. Em comum, todos têm pouca experiência e não são propriamente empolgantes.
De todos, pelo carisma e reputação construídos ao longo dos anos, mesmo fora do ambiente romano, De Rossi parece ser o perfil mais provável, mesmo que tenha acabado de voltar de uma dispensa que certamente não ajudou a carreira, na Roma.
Cannavaro é mais uma incógnita, apesar de ter duas breves mas positivas aventuras no banco da Udinese e do Dínamo de Zagreb, enquanto Gattuso conta com experiências adas em contextos mais complicados (também fora da Itália, que acaba de ser concluído na Croácia com o Hajduk), em que mostrou o seu caráter combativo e nada descontraído.
Um treinador estrangeiro?
Inglaterra, Portugal, Bélgica e, desde há alguns dias, o Brasil são alguns exemplos de seleções dirigidas por um treinador estrangeiro. Quem sabe a Itália não será a próxima? Neste caso, porém, é preciso viajar com a imaginação para encontrar o nome do sucessor de Luciano Spalletti.